GUERRA
E PAZ NO ORIENTE MÉDIO
“ War and Peace in the Middle East,
Theodoro da Silva Junior “.
O
patriarca ABRÃO veio do leste para se assentar em Canaã, tinha dois filhos, um
deles o Ismael, o mais velho, filho da concubina de nome Hagar.
Ismael
fora banido para o deserto, diz-se, originando o povo árabe.
A
outra mulher de Abraão, de nome Sara, deu a luz o segundo filho do Patriarca,
chamado Izaac que foi levado ao Monte Moriá, para ser sacrificado sobre a
Rocha, a mesma que hoje está sob a cúpula dourada da Mesquita de Omar, em
Jerusalém. Diz-se que Izaac originou o povo judeu.
Milênios
depois quis o destino que os filhos de Abraão se reencontrassem, mas não em laços
de fraternidade, e sim em um combate amargo e hostil sobre a Terra Santa, a
terra “prometida” aos judeus.
Observando
a beleza da cidade histórica de Jerusalém, onde está fincado a raiz da
civilização ocidental, é quase impossível crer como o ódio foi criado por
sucessivas guerras. Mas estes são
ecos de um mundo velho, fantasmas de geração que dizem que judeus e árabes
devem ser inimigos eternos, simplesmente porque sempre o foram. Isto é ridículo!
Após
dois mil anos de exílio, dispersão, sofrimento e isolamento, o povo de Israel,
deslocado, voltou à sua terra. Muitos voltaram na condição de sobreviventes
do holocausto, buscando refúgio de um mundo que assistiu ao extermínio de
cerca de 6 milhões de judeus europeus, discriminadamente na 2ª Guerra Mundial.
Vislumbrando
vida nova na Terra Prometida, acabaram sendo barrados pelos Ingleses, que
administravam a Palestina e lhes impediram ou dificultavam o acesso a uma fração
da Palestina.
Neste
território, os ingleses não conseguiram manter em paz a convivência dos quase
500 mil judeus e mais de um milhão de árabes, que habitavam a região.
Cada um dos judeus com seu sonho de independência, enquanto a maioria árabe.
Se
opunha ao simples conceito de um Estado Israelense. Os ânimos ferviam de ambos
os lados.
Alguns
dos povoados, ou aglomerados judeus existentes na região, iam se isolando
devido aos ataques e agressões dos árabes, e a vida dos judeus na Palestina
tornava-se muito difícil e quase impossível.
Em
uma última tentativa de evitar confronto entre as partes, a ONU (UN),
deliberou, decidiu e votou pelo fim do mandato britânico, bem como pela divisão
da Palestina. Assim sendo, em 29 de
novembro de 1947 a Palestina foi dividida oficialmente em dois Estados: um
Judeu, e um Árabe.
No
dia seguinte, 5 mil árabes marcharam
em Jerusalém, rumo ao centro judaico, destruindo tudo pelo caminho.
Em
JERUSALEM, uma bomba de alto poder destrutivo, colocada na Rua Ben Yehuda,
explodiu o centro da cidade que foi duramente afetado, deixando vários judeus
soterrados sob os escombros de prédios desabados.
Atiradores árabes em ação causaram pânicos, transformavam ainda dura
a vida de cada judeu naquele momento em toda a cidade.
Comboios
judeus com provisões, coletados nos vários agrupamentos, faziam esforços
desesperados para chegar a Jerusalém, mas sofriam pesadas baixas frente aos
incessantes ataques bélicos dos árabes.
A
cidade de Jerusalém viu-se isolada do mundo. Em abril de 1948 foi destacada uma
Brigada Militar de comando da Har – El (judaica), para dar suporte ao combate
ao longo da estrada para Jerusalém, tentando desobstruir a estrada, conseguindo
impedir o cerco da cidade. Determinados
em preservar suas reservas de água e comida, cerca de 80 mil judeus, que viviam
em Jerusalém, desprendiam toso os esforços, para o objetivo. Racionaram seus víveres,
como uma das medidas para sustentar por mais tempo o embate.
No
dia 20 de abril, uma ordem para os que estavam fora da cidade: avançar rumo a
Jerusalém, onde os judeus tinham que acompanhar, em comboio, de 300 caminhões,
e deveriam abastecer a cidade. Recebida
e acatada a ordem de conquistar e libertar toda Jerusalém, já se podia
imaginar e antever que seria uma luta amarga e titânica, como realmente foi.
Depois
de pesados combates, cerca de mil e quinhentos soldados judeus abriram caminho e
conquistaram partes estratégicas de Jerusalém.
Os
Ingleses que já estavam preparados para partir da Palestina reagiram e
rapidamente deram um ultimato aos judeus para que se retirassem das posições
conquistadas, ordem não obedecida. Foi uma das últimas tentativas de ações
dos ingleses na Palestina.
Em
14 de maio de 1948, David Ben Gurion declarou a independência do Estado judeu
na Terra de Israel. Enquanto as tropas britânicas zarpavam da Baia de Haifa.
Israel pela primeira vez hasteava sua bandeira, com a estrela de David, no
Porto, protegido pelo primeiro navio da Marinha de Israel.
As comemorações duraram pouco. Os
países árabes uniram-se e resolveram atacar novamente os judeus.
Em
questão de horas, Egípcios sobrevoavam Tel Aviv, lançando sua carga
devastadora com as bombas destruidoras sendo lançadas de seus aviões de
combate. Os libaneses atacaram
Haifa e Nazaré, tanques Sírios avançaram sobre as terras ao redor do Mar da
Galiléia. Os Iraquianos atacaram a região de Samaria, esperando dividir Israel
em duas partes ou mais.
A
Legião Jordaniana cercou Jerusalém, e cerca de 10 mil egípcios atravessaram o
Sinai para atacar Tel Aviv e Jerusalém por terra.
(Preces no Muro das Lamentações) Israel em sérios apuros. Com o novo
país transformado em campo de batalhas por todos os lados, todos os cidadãos
de Israel aderiram ao conflito, independente do estado físico, idade ou sexo.
Dar
a luz um país neste ambiente hostil, provocaria forte impacto no modo de viver
do seu povo, trazendo conseqüências históricas que ninguém pode ou poderia
prever.
Uma
modesta indústria Bélica começou a britar em Israel, fazendo morteiros e
granadas de canos de irrigação, enquanto os judeus esperavam pelo armamento,
prometido, que deveria chegar do exterior.
A
impaciência aumentou com a adesão do Exército Árabe de Libertação. Esse Exército
juntou-se ao General iraquiano Fauzi El Kopchi, o qual instalou suas posições
no vale de Jezreel, o lendário campo de batalha de Armagedom.
Todos
os kibutzim aguardavam um ataque aéreo iminente. Ao norte de Israel, cada um
lutava por sua existência. A única opção era repelir os ataques da Síria,
do Líbano e do Iraque com modestas condições que os judeus dispunham para o
conflito.
No
Sul de Israel, o perigo egípcio era mais ameaçador, onde soldados de Israel,
em trincheiras, tinham de repelir ondas de ataque.
Após cinco dias de luta com ataques maciços de artilharia e aviação
egípcia o kibutz de Yad Mordechai teve que retirar sua população à noite e
abandona-lo.
Os
egípcios avançaram 27 km em Tel Aviv, após duas semanas de combates.
O quadro da guerra mudou quando chegaram quatro aviões de guerra da
Checoslováquia. Sem tempo para testes e treinamentos, os pilotos de Israel
decolaram para atacar as colunas egípcias.
Maior do que o efeito militar foi à chegada súbita dos aviões que
gerou grande temor nas fileiras egípcias.
Israel cercou o flanco egípcio e realizou seu primeiro contra ataque
noturno. Os Egípcios se
descompuseram e deixaram de lado os planos de novos ataques.
Apesar
dessa vitória, a situação de Israel continuava crítica, a luta por Jerusalém
centrava-se na Delegacia de Latrum, ponto estratégico e de onde se avistava o
vale bíblico de Aylon. Essa fortaleza dominava a entrada oeste de Jerusalém e
era fortemente defendida e guarnecida pelos árabes.
O
Rei Abdullah da Jordânia ordenou às suas legiões que ocupassem toda Palestina
árabe, mas sua principal ambição, era Jerusalém.
Ondas de operações mal planejadas e mal executadas causavam baixas
constantes entre os israelenses. A
tentativa de deslocar a força árabe de Latrum parecia agravar ainda mais o
cerco sobre Jerusalém.
Com
a notícia de queda do bairro judaico na cidade velha, o moral judeu chegou aos
mais baixos níveis de sustentação.
Após
duas semanas da fase mais selvagem da guerra, o bairro judeu se rendeu.
Mais de mil civis, ultra-ortodoxos, e os poucos soldados restantes que o
defendiam abandonaram o bairro e seguiram seus rabinos.
Quando
a cidade chegou ao fim das provisões, os israelenses abriram uma estrada nas
colinas e trouxeram o primeiro comboio, depois de decorridos meses de luta, então
a cidade foi finalmente, e mais uma vez, libertada.
Durante
os meses subseqüentes, as Forças de Defesa de Israel surgiram com grande
potencial militar, organizada e bem equipadas, e sua marca ficaria gravada no
Oriente Médio durante as cinco décadas seguintes.
Israel
libertou Galiléia e o centro do país, enquanto as forças egípcias, no Neguev,
recuavam até a península do Sinai, e o Rei Abdullah anexou à Cisjordânia ao
novo Reino da Jordânia.
Mas
Jerusalém continuava dividida, ligada ao resto de Israel por um tênue cordão
umbilical.
As
batalhas terminaram e um armistício foi assinado.
Mas as linhas de fronteiras seriam traçadas pelas guerras futuras.
A
guerra deixou cerca de 800 mil palestinos sem teto e sem destino e na condição
de refugiados, vítimas desse conflito entre as ambições dos líderes árabes
e o desejo judeu de sobrevivência na região e na nova Pátria.
Esses
refugiados tornaram-se a questão central no prolongado conflito do Oriente Médio.
Viviam na pobreza absoluta e desprezados, a mercê da própria sorte.
Desde
sua criação, o Estado de Israel cumpriu a promessa de ser um porto seguro para
judeus do mundo todo. Em 1949 uma onda de refugiados judeus bateu às portas do
novo Estado. Milhares deles chegavam a cada mês da Europa devastada pela 2ª
Guerra Mundial e dos países árabes, onde tinham sido expulsos.
Quase todos chegavam sem pertences, sem nada à Terra Prometida.
Os imigrantes fixaram-se em acampamentos espalhados pelo país, em rudes
instalações. Aos poucos, lares eram definidos, casas eram erguidas para todos
os imigrantes.
Novos
assentamentos começaram a surgir, em sua maioria como comunidades agrícolas,
em sua vivência e expectativa em Kibutz. Quase
todos estavam a apenas passos da fronteira com os árabes, o que era um imenso e
constante perigo aos judeus, principalmente.
E foi atravessando essas fronteiras que guerrilheiros árabes (fedains)
atacavam alvos civis israelenses. O
Exército judeu respondia com ataques contra esses fedains, em represália.
A
retaliação levou a FDI (Força de Defesa de Israel) ao território árabe,
golpeando bases fedains na Jordânia e no Egito.
Os refugiados sofriam ainda mais com essas atitudes de ataques e contra
ataques.
Nessa
época o Egito passava por distúrbios de ordem sociais e de política interna. Apoiado pela população do Egito, Gamal Abdel Nasser, lidera
um golpe de Estado e manda o então Rei Faruk (que até antes do golpe governava
aquele país) para o exílio. O
Egito tornava-se então uma República ao comando de Nasser que prometia amplas
e decisivas reformas sociais.
Ansioso
pôr liderar o mundo árabe por extensão, Nasser dá outro novo e estridente
grito de guerra contra Israel. Após negociar apoio maciço com a Tchecolosváquia
e, com o Egito retomando, estrategicamente, vantagem numérica na base de quatro
soldados árabes para cada soldado judeu... Após estabelecer parceria militar
com a Síria e também com então jovem Rei Husseim da Jordânia, ampliando forças
militares, Nasser começou a avançar. Seus maiores objetivos eram: Destruir
Israel e adquirir influência política ocidental no Oriente Médio.
Teve uma atitude surpreendente ao fechar o estreito de Tiram, com a
Artilharia e Navios, cortando e fechando o acesso marítimo de Israel para a África
e para o Ocidente.
Na
cidade de Suez, entrada sul do Canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao Mar
Vermelho, expulsou tropas britânicas e francesas que tinham bases econômicas e
militares em território egípcio e ainda o controle do Canal de Suez. Nasser
então nacionalizou o estratégico Canal de Suez, e o Egito passou a controlar a
passagem de navios pelo Canal. Posicionou tropas no Sinai e com essa atitude
agravaram-se as tensões, e uma nova guerra tornou-se inevitável.
Os
franceses então se dirigiram até Shimon Peres, em Israel e então Ministro da
Defesa judeu, para oferecer a Israel um plano secreto. A França forneceria
armamento pesado a Israel, incluindo-se os famosos aviões de combate Mirage, os
quais eram a última palavra em tecnologia de avião de combate em todo mundo.
Israel atacaria o Sinai, ameaçando o Canal de Suez.
Assim os aliados Inglaterra e França, teriam uma desculpa para intervir
militarmente e também invadir a zona do Canal de Suez.
Os franceses disseram a Shimon Perez planejar a operação, a qual foi
chamada “Os Mosqueteiros” e que seria, juntamente com a participação
inglesa seriam uma força forte, e que Israel teria mil razões particulares a
participar da operação, podendo então os judeus coordenar quando e como
atacar. ... E a guerra começou.
Em
29 de outubro de 1956, aviões de Israel, cedidos pela França, voaram baixinho
sobre o Sinai, cortando fios elétricos e telefônicos dos árabes, eliminando
as comunicações.
Outros aviões com homens e equipamentos despejaram pára-quedistas na
linha de Mitla em território árabe.
Quando
avançavam rumo oeste, os israelenses foram atingidos pela força aérea egípcia. A batalha seguinte tirou a vida de 38 israelenses e de mais
de 200 egípcios. Os restantes dos egípcios bateram em retirada, rumo ao Canal
de Suez.
A
tomada de Mitla, por parte de Israel, permitiu avançar pelo Sinai seguindo os
caminhos ditados através dos séculos, pelas dificuldades da região.
Utilizando o terreno arenoso, de difícil acesso, com grande habilidade.
Os blindados de Israel formaram a força de combate mais eficaz já conhecida e
vista até então.
As
forças blindadas, apoiadas pela Infantaria, passaram a formar o raciocínio
militar de Israel. Faltava apenas o
suporte aéreo, que chegou e que seria formado pelos caças franceses, para
destruir canhões e blindados do Egito.
Israel
tornou-se então perseguidor dos egípcios que fugiam, deixando para trás armas
e equipamentos, bem como milhares de soldados egípcios que foram obrigados a
voltar a pé, pelo deserto.
Em
menos de cem horas de batalha, Israel conquistou o Sinai, chegou ao Canal de
Suez, livrou Gaza dos “Fedains” e destruiu canhões egípcios em Babel
Mandeb, reabrindo o estreito de Tiran aos navios de seu país.
A
operação de 1956 fazia parte de um plano Global da França e da Grã-Bretanha
contra o regime de Nasser. Israel era apenas um detalhe da operação.
Em
1º de novembro de 1956, os aliados chegaram até a zona do Canal de Suez,
formando-se como uma grande crise internacional.
Praticantes da diplomacia de ameaças, e muito próximos de um conflito
nuclear, EUA e União Soviética, não obstante e paradoxalmente, exigiram uma
retirada unilateral dos aliados (França – Inglaterra – Israel).
Grã-Bretanha
e França cederam a pressão e retiraram-se, mas Israel relutava, e somente após
a chegada das Forças de Paz da ONU (UNEF), é que Israel deixaria o Sinai (...
olha o Batalhão Suez aí gente!).
Mas
em Israel, o líder da oposição “Menachem Begin” iniciou protestos públicos,
chamando a retirada de Israel.
De
desonra aos combatentes judeus. Nasser,
no entanto, tornou-se herói e ídolo do combate contra o imperialismo Ocidental
e contra o Sionismo. Uma das poucas
vantagens de Israel no Sinai foi o florescimento das relações com a França.
Assim quando supriu Israel de armamento convencional, a França também
ajudou Israel a construir seu Reator Nuclear secreto, que para a época, era um
acontecimento que denotava força e poder militar.
Ninguém
poderia imaginar um país como Israel fosse capaz dessa tecnologia nuclear. As
autoridades de Israel não se impressionaram com a opinião mundial, acharam que
poderiam fazer a “bomba nuclear” e a fizeram, acontece que isso provocou uma
certa intimidação com relação a seu país e seu povo, algo como uma nuvem
espessa e ambígua. Muitas pessoas
perguntavam aos israelenses porque
dessa ambigüidade, e, a resposta era simples para eles ...”ambigüidade
provoca intimidação, por que se livra dela ? “ .
Era o jogo de interesses. Para que dizer aos inimigos não se preocupar
que não tinham nada. Nunca disseram que tinham algo.
Por
dez anos (1957 – 1967) graças à participação das Forças de Paz da ONU, a
fronteira Egito-Israel permaneceu relativamente calma (... olha o Batalhão Suez
aí gente!). Em Jerusalém, cidade
que foi dividida ao meio por 10 anos, de um lado árabes, de outro judeus,
soldados árabes e israelenses defendiam, cada um o seu lado, cara a cara, uma cidade dividida por um muro que separava as duas
partes. Porém a poucos metros dessa fronteira, a vida corria normalmente. Do
lado judeu, crianças, filhos de imigrantes brincavam de um lado junto ao muro,
enquanto do lado do mesmo muro, na Porta de Damasco da cidade de Jerusalém, a
vida também prosseguia normalmente, à maneira árabe de viver.
As
Colinas de Golã, fortaleza natural, reforçada com tropas sírias, dominavam o
Mar da Galiléia e os campos férteis do Vale do Hula. Desde 1948, a fronteira
era determinada pelo arado, nem um outro marco, apesar da ameaça recíproca e
constante das minas no solo e do fogo bélico das colinas, os colonos judeus não
se intimidavam e aravam protegidos pelo seu exército.
Nasser do Egito conclamou, aquilo que denominou “Guerra Santa” contra
os sionistas.
A
TV egípcia mandou uma clara mensagem a Israel, as nações árabes decidiram
que ao comando de Nasser, deveriam livrar-se dos judeus em toda a Palestina e
purifica-la de suas presenças. Por
isso Nasser disse aos judeus...Peguem suas coisas e deixem o País e a Palestina
antes que a morte os alcance ““.
Nesse
momento da história o Presidente Egípcio exigiu a saída e retirada imediata
tropas da ONU (UNEF), que compunham a Força Internacional de Paz, desde 1957 (e
o Batalhão Suez estava lá...) ficando acertada a saída da ONU do Sinai e da
Faixa de Gaza. Os dois lados
esperavam pela guerra iminente. O
General israelense Yitzak Rabin supervisionou
os preparativos de um dos mais ousados planos de batalha já concebidos. E na manhã de 05 de junho de 1967, a aviação
israelense decolou com a missão de destruir o poder de fogo egípcio. Os pilotos israelenses voavam em ritmo sincronizado
sobre onze hangares militares egípcios, enquanto os pilotos egípcios em
terra, ainda tomavam café da manhã. Através de bombardeios rápidos
certeiros e contínuos , Israel devastou a
aviação egípcia, deixando para traz nuvens de fumaça e de destruição.
Então só restavam as forças terrestres de Israel terminar o que a aviação
começara. E foi bem isso o que
fizeram. Em quatro dias de batalha
acirrada, rasgando o deserto sem parar, a Infantaria de Israel e seus blindados,
destruíram sete (7) divisões militares do Egito.
Israel
desenvolveu um sistema militar avançado que aperfeiçoou muito a precisão em
suas incursões, conseguiram então destruir Tanques inimigos em um raio de 2
Km, algo bastante incomum a um Exército de qualquer outro lugar do mundo.
Todo
o Sinai foi conquistado em menos de 100 horas, milhares de egípcios caíram nas
mãos de Israel. A guerra com a
Jordânia começou quando o Rei Husseim decidiu abrir fogo contra Jerusalém
judaica e contra as fronteiras, ao saber, enganosamente por Nasser do Egito, que
os árabes obtiveram fantástica vitória pelos lados do Sinai, o que foi uma
grande farsa e mentira, e, então Husseim quis aproveitar a suposta vantagem,
abriu fogo contra os judeus, no que se deu mal. Foi um erro enorme.
Israel respondeu com uma campanha relâmpago de três (3) dias e empurrou
o Exército jordaniano de Husseim até a margem esquerda do Rio Jordão.
Sem parar aí, as colunas de Israel passariam a avançar rumo ao norte
para expulsar os sírios das Colinas de Golã. Na
pressa para terminar a operação, antes do cessar fogo vigorar, que seria
imposto pela ONU, os israelenses atacaram e conseguiram seus objetivos finais.
Em manobra secretamente treinada, os tanques de Israel abriram caminho
montanha acima, fantasticamente e exatamente no ponto fraco da defensiva síria,
foi uma grande surpresa por ser considerada uma montanha inexpugnável. Quando
começou a luta corpo-a-corpo, a infantaria israelense provou ser uma fortaleza.
Quando
então Golã caiu ao poder judeu e a bandeira da estrela de David foi hasteada,
o exército sírio desabou. Muitos
sírios tornaram-se prisioneiros e finalmente Israel ocupou as Colinas de Golã.
Porém a batalha mais significativa da Guerra dos Seis Dias aconteceu no
terceiro dia, em Jerusalém. Após
trinta horas de uma luta continua e sangrenta, na qual um, em cada cinco homens,
foi morto. Pára-quedistas da Reserva israelense entraram na cidade velha de
Jerusalém, através da Porta do Leões, começando uma luta difícil de casa em
casa. A conquista foi palmilhada centímetro a centímetro, progressivamente,
com os jordanianos dificultando ao máximo o avanço e a conquista judaica.
Cada ângulo possível estava sendo coberto pelo adversário jordaniano.
Palmo
a palmo foi se configurando a retomada de Jerusalém, com as tropas de Israel
abrindo caminho rumo ao Monte do Templo e chegando ao Muro da Lamentações,
justamente o local mais sagrado para o judaísmo, que finalmente, voltava então,
às mãos do povo judeu. Vitória
consagrada e comemorada por Israel
Dias
após a unificação. O muro que dividia a cidade foi derrubado. Judeus e árabes
ocuparam livremente às ruas, entusiasmados, por se reencontrarem, e a tolerância
prevalecendo.
Terminada
a Guerra dos Seis Dias, a vitória de Israel foi expressiva e total. Aconteceram
desfiles e comemorações várias.
A
paz parecia que iria reinar por muito tempo, pois levava a crer ter sido
conquistada. Ledo engano. O terrorismo e guerrilhas reascendem-se das
cinzas. Novamente uma bomba explode na comunidade israelense numa feira-livre,
em Jerusalém, poucos dias depois do término da Guerra dos Seis Dias, matando
dezenas de pessoas e ferindo muitos inocentes. O carro bomba parado em frente a
uma barbearia, na feira livre, foi programado para explodir numa sexta-feira, a
tarde, quando o movimento de pessoas era grande. O ataque planejado e executado por terroristas da OLP, vindos
do Líbano era um recado muito claro para Israel, ainda havia mais de um milhão
de palestinos sob a ocupação, os quais deveriam ser vigiados constantemente e
incansavelmente.
A
Guerra dos Seis Dias foi uma guerra relâmpago e que deixou a oportunidade a
Israel de ampliar suas fronteiras.
Mas
a guerra seguinte seria longa, uma campanha exaustiva e dolorosa para ambos os
lados e que perdura até os dias de hoje. Apesar da Bíblia afirmar que todos os
Profetas vieram daquela região (Palestina), não se incentiva ninguém, nos
dias de hoje, a profetizar sobre como serão os próximos 50 ou 100 anos naquela
região. Deve haver uma política dê
sustentação e uma chance à Paz... Consta das Escrituras Sagradas...”e uma
nação não levantará espada contra a outra, e os povos não mais aprenderão
a guerrear”.
Aí então viveremos em Paz.
Rabin, Peres, e Arafat – ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1994. Em 04 de
novembro de 1995, Rabin foi assassinado por um judeu extremista de direita.
Shimon Peres assumiu o governo de Israel e manteve os compromissos da paz
de Israel, de retirar, progressivamente suas tropas da Cisjordânia, atitude,
aliás, que é vista pelo mundo político como um grande passo para uma paz
duradoura entre judeus e árabe.
Após
mais de 50 anos de existência como Estado Israel obterá o reconhecimento de
todos seus vizinhos, encontrando seu lugar no meio das Nações de sua região,
a Palestina?
Momento de Homenagem
Uma
vez ao ano, todos os anos, a população de Israel presta homenagem póstuma, na
véspera do dia da sua Independência.
Este jovem País honra e homenageia em silêncio por alguns minutos, e
por volta do meio dia, os seus mortos das Seis Guerras em que Israel esteve
envolvido. Todos os cidadãos, em
todos os lugares e cidades ficam parados, onde quer que estejam, no mesmo
instante do toque de uma sirene, e em silêncio, fazem uma reflexão e dedicam
por um momento suas preces e fé em Deus, em tributo às pessoas que morreram
por sua Pátria judaica...
Texto
adaptado; decodificado; editado; copiado e elaborado por:
THEODORO
DA SILVA JUNIOR - UNEF
(United Nations Emergency Force)
Integrante
do Batalhão Suez – 10º Contingente